Obviamente que a Square Enix não ousaria deixar de lado seu mercado de milhões, e por essas e outras o processo de desenvolvimento voltou para a área de planejamento até que, após mais um ano de espera, o título fosse apresentado com o devido respeito aos seus consumidores mais assíduos.
O lançamento norte-americano próximo também marcará 1 ano desde a estréia final no Japão, que se você bem lembra arrematou quase 4 milhões e meio de cópias vendidas – e mais uns milhares de japoneses aglomerados pelas ruas com DS em mãos, razão cultural. O sucesso resumiria então ao título uma permanência sob uma raíz forte e de poucas novas mecânicas? Conceito muito do contraditório. Do que se conhece na cronologia tradicional há novos incentivos, inclusive suficientes para que os que já tentaram uma aproximação sem sucesso com episódios mais antigos (ou mesmo os remakes do próprio DS) revejam este pensamento, tudo baseado nos elementos presentes e produzidos em parceria com a desenvolvedora majoritária do título, a Level-5 de Akihiro Hino.
Ainda aproveitando ideias da penúltima aventura no console da Sony, Dragon Quest IX: Sentinels of the Starry Skies reutiliza em uso similar os gráficos tridimensionais, o que consecutivamente faz sair de cena pela 2ª vez as lutas em 1ª pessoa que alguns jogadores não são adeptos. Mas indo mais adiante a versão exclusiva do Nintendo DS atualiza-se, juntamente é claro com a tutela de Yuuji Horii, idealizador da franquia nesses mais de 20 anos de sucesso e um dos designers deste capítulo.
As batalhas projetam-se agora sem a necessidade de passos e/ou a tensão de ser atacado pelo sistema aleatório habitual. Os jogadores são capazes de visualizar o que irá de fato enfrentar, podendo assim rever com mais cautela seu inventário, equipamento, ou simplesmente nada disso, optando então por uma fuga segura. Um certo dinamismo também aterrisa sobre os embates, caracterizando aos personagens movimentos no campo de batalha e combos através de combinações de ataques em grupo, para suspostamente dissipar um pouco do ar eu bato, você bate famigerado em RPGs fundados sob turnos.
Percebeu o traço? Então lembrou de Akira Toriyama criador de Dragon Ball
Sentinels of the Starry Skies retrata uma busca divina por parte dos guardiões Celestrians, anjos em uma definição mais plausível ao nosso mundo. Uma gigantesca árvore de nome Yggdrasil é cultivada há um longo período num recinto chamado de The Observatory, um local que corta os céus e serve de lar para estes seres. A fonte de vida desta árvore vem do resultado de ações em que os mesmos aplicam-se, todas refletindo a justiça para com mortais aflitos e necessitados. Em resumo, quando se ajuda uma pessoa pode ser obtida como recompensa sua gratidão em forma de um cristal, que por sua vez deve ser oferecido a árvore até que ela desperte, garantindo por fim a chance para que os Celestrians alcancem reinos superiores, e quem sabe, a proximiade de Deus. Contudo nada é tão fácil assim, e se fosse não haveria excitação alguma.
Mas antes que comecemos a nos aventurar deveremos criar nossos personagens através de um modo de customização exclusivo na franquia. Cabelos, olhos, altura e sexo serão alguns dos diferenciais, pois outra novidade paira nos equipamentos e acessórios utilizáveis, que mudarão e mostrarão em tempo real o que de fato se veste ou usa-se como arma. Temo que por isso nossas mesmas criações (podemos ter um grupo de até 4 personagens) acabem fadando-se ao esquecimento, numa trama que não saiba aproveitá-los de forma correta – este é o sentimento do herói genérico aqui possivelmente existente.
Pela 1ª vez você poderá aventura-se em DQ com tamanha liberdade de expressão
São de início disponíveis 6 classes para escolha, como Guerreiros, Sacerdotes e Ladrões, mas no futuro você habilitará outras como Paladino e Mago-Guerreiro. Um ponto interessante, e também presente em DQ III, é a possibilidade de se evoluir um personagem em uma determinada classe e depois mudar para outra, mas retendo consigo habilidades herdadas até então! Isso adiciona muito do ponto estratégico com múltiplas combinações.
Em pleno palpite você pode até terminar o principal do título em, digamos, 40 horas, mas estará realmente só começando sua aventura. Dragon Quest IX possui um sistema de sidequests como em muitos outros jogos, o porém é que aqui elas estão em uma escala tão assustadora que poderão de fato fazer você alcançar um tempo exborbitante de jogo. Isso tudo é ocasionado pelo recurso onde você acessa a internet e atualiza a aventura com novas missões paralelas – fora as inclusas no comum do jogo – além de itens. O recurso é planejado para ter atualizações semanais e com longevidade de até 1 ano!
Outra novidade também inédita na série fica por conta do modo multiplayer para até 4 jogadores, o contra fica pelo fato dele ser exclusivamente via conexão wireless local. Quando se forma um grupo a exploração pode ou não ser desenvolvida em conjunto, quem decide são os jogadores. Ao entrar em um combate porém a pessoa que hospeda a partida, ou host, pode convocar seus parceiros espalhados pelo mapa para cairem direto no calor da batalha – isso é importante quando se corre o risco de encontrar um monstrengo poderoso.
Utilizado excessivamente no Japão o modo "Surechigai" de DQ IX acabou entrando até no Guinness Book (Livro dos Recordes). No ocidente este mesmo recurso será conhecido como: Tag Mode. Por ele você poderá trocar informações e itens com outros jogadores, isso localmente e pela distância que o DS atinge com sua conexão sem fio. Você pode inclusive deixar o portátil em modo Sleep, o fechando com o Tag Mode ativado, e trocar informações e itens automaticamente com outra pessoa que faça o mesmo. Infelizmente eu acredito que isto não fará o mesmo sucesso que em sua terra natal, mas é importante frisar ao exemplo a capacidade de se obter itens importantes como mapas de tesouros já utilizados por outros jogadores.
Conhecedor da franquia há alguns anos eu estou mais do que ansioso para ver todas essas implementações, mas sem é claro esquecer tradicionalidades como a caça de mini-medals. DQ IX de fato será um RPG com conteúdo praticamente inexistente no portátil, e pela sua ambição tanto veteranos quanto novos jogadores poderão ser atraídos a experimentar e por fim se perder pelas extremas oportunidades disponibilizadas.
Aporta no derradeiro ano antes da chegada do 3DS como se quisesse fazê-lo com chave de ouro – e está, juntamente a Golden Sun: Dark Dawn. Finalmente, reserve bastante tempo livre a partir do lançamento norte-americano de Dragon Quest IX: Sentinels of the Starry Skies em 11 de Julho.
2 Comentários:
Bateu até saudade do meu DS T_T
...Syo
Por DQ eu também sentiria! XD
Anyway, você não tem do que reclamar com o PSP né Syo, aposto que tem aproveitado os RPGs exclusivos dele. E outra, Birth by Sleep está chegando. Estamos quites.
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