terça-feira, 28 de abril de 2009

Review – Pokémon Platinum (NDS)

Fechando mais uma trilogia a Game Freak introduz aos veteranos e novos treinadores um dos melhores episódios da série. Para quem nunca jogou Pokémon, Platinum pode acabar sendo uma tsunami de novidades, ainda mais se essa pessoa tiver como futuro os duelos online ou torneios oficiais. Já fãs de longa data se sentirão em casa, ao mesmo tempo em que desfrutam das novas possibilidades herdadas desde as duas primeiras aventuras na região de Sinnoh: Diamond & Pearl, além é claro de exclusivas.

Seriam estas novidades suficientes a ponto de largar-se os dois títulos anteriores? Descubramos juntos!






História (6/10): Você já sabe o que esperar...

Em resumo o título acima é verdade, afinal, Platinum não inova ao extremo no quesito enredo. Algumas caras retornam, como o Team Galactic, criminosos que almejam certos pokémons para a conclusão do desejo de seu líder: Cyrus

Nosso objetivo principal permanece intacto, o de tornar-se o maior treinador de Pokémons do mundo! – ou ao menos de Sinnoh. Toda esta trama ainda se desenvolve através da obtenção das insígnias nas principais cidades, onde sem surpresas totalizam-se 8.

Entre novos personagens temos Looker, um oficial que está em busca de pistas sobre as verdadeiras intenções do time galático.


A participação dos lendários é ainda crucial ao enredo e, Dialga, Palkia, Uxie, Azelf, Mesprit e principalmente Giratina (com direito a uma nova forma nesta versão, Origin) são alguns dos responsáveis por demasiados mistérios da região Sinnoh.




Gráficos (7/10): Mais de simplicidade, menos de beleza

Com todo o poderio do DS era de se esperar que as versões do mesmo esbanjariam capacidades, talvez algo nas proximidades de um Pokémon Stadium (ou de Dragon Quest Monster Joker), mas no fim o que vemos é algo simplório nas batalhas, com ataques carregados de efeitos igualmente simples. Felizmente nem tudo é motivo de tristeza, os cenários do título foram abordados com um trabalho em 3ª dimensão, logo, é definitivamente o mais belo, por ser bem usado, entre toda a série portátil! Alguns eventos também adotam a presença deste estilo gráfico.


Sons (7/10): Turtwig eu escolho você – disse o treinador, e logo após ouviu-se do tipo planta – "#@&%$!~"

Não, infelizmente os Pokémons ainda não falam como no anime, e suas vozes ainda permanecem caracterizadas pelos grunhidos de longa data, uma pena, acho que já é hora da franquia evoluir em todos os sentidos. De qualquer forma, Junichi Masuda está mais uma vez a cargo das composições do jogo, e mais uma vez também ele nos presenteia com algumas faixas bem legais, tais como temas de batalhas que por vezes empolgam. Sendo um título extremamente viciante, muitas dessas faixas podem se tornar tão repetitivas quanto enjoativas pelo tempo, mas do início ao final da trama principal elas padronizam o bom gosto.


Jogabilidade (8/10): It's Critical Hit!

A franquia em Sinnoh encontra-se no pico estratégico, e um jogo que começou timidamente nesse aspecto na era Game Boy, agora se mostra um exercício gigante. Aqueles que sonham destacar-se em meio a milhões de treinadores deverão suar e muito para isso! Abilities, Natures, IVs e EVs resumem as principais particularidades de cada Pokémon, e encontrar o melhor em todos estes aspectos, para eventualmente adaptar-se ao seu desejo em batalha, é uma árdua tarefa.

Exclusivamente em Platinum temos a adição da Battle Frontier, onde novos – e verdadeiros – desafios aguardam os treinadores. Você perderá inúmeros dias, semanas ou meses atrás de Battle Points, que são utilizados para a compra de itens exclusivos do próprio estabelecimento.

As funcionalidades online inicialmente presentes em D&P voltam com novidades. O GTS, localizado na cidade de Jubilife, agora apresenta a possibilidade de enviar vídeos de suas melhores batalhas, e esses mesmos vídeos são gravados através do igualmente novo acessório: Vs Recorder.

As demais tarefas são conhecidas por muitos treinadores deste RPG: capturar, batalhar, colecionar, plantar, surfar, explorar e principalmente evoluir! Alguém que já tenha jogado qualquer versão dentro da franquia principal terá muito ou pouco a aprender, não no já conhecido, mas nas atualizações desde a geração advance (efforts e afins). Contudo ainda estamos falando de uma base Red & Blue, e dificilmente um treinador ficará perdido por muito tempo, ainda mais se este for aliado da leitura, onde poderá desfrutar de tudo o que o jogo tem a oferecer. Conhecimento é a chave do sucesso? o Pokémon de hoje mais que lhe comprova isto.

Comentários finais: Para quem nunca jogou nenhum da série, mas sempre desejou e possui um DS, é um título definitivo e obrigatório. Com esse único jogo você pode perder facilmente muito mais de 300 horas, isso caso leve o jogo a sério; por diversão ele pode ser igualmente apreciado, já que seu sistema de captura, caça, e batalha entre os Pokémons é o que mantém a franquia viva mundo afora.

Se já jogou Diamond & Pearl considere as novidades e reveja os conceitos de pró e contra, as implementações podem ser suficientes para migrar, porém a verdade é que você não passará por um jogo completamente inédito, mas que por fim pode valer a pena.


Nota final: 8/10

0 Comentários: