Viver do lado ocidental do globo geralmente não é benéfico, isso é claro sendo fã de JRPGs. Ficar sentado enquanto os sortudos japoneses desfrutam muito antecipadamente grandiosos títulos é pra lá de ruim, mas, antes aguardar uma faixa de meses, do que simplesmente ser jogado ao descaso, tendo como um excelente e amargo exemplo a política da Namco Bandai e seus já somados 3 títulos da franquia "Tales of" ao Japão, e somente ele - egoísmo? imagina!
Diferente do quadro acima temos uma outra empresa que vem se destacando cada vez mais nesse gênero tema deste blog, e é ela - SEGAaaaa ♫ - quem nos presenteará breve com o título desta preview: Phantasy Star Zero (além é claro de Sands of Destruction, mas isso é só pra Janeiro de 2010). O título logo completará 1 ano de vida desde seu lançamento japonês, e tem data marcada para pisar em solo norte-americano no dia 10 de Novembro (segundo a Amazon.com). O que aguardar? tendo jogado por volta de 30hrs da versão japonesa eu posso dizer que toda essa espera possuí valor, e nos parágrafos seguintes vocês poderão desvendar detalhadamente um pouco mais do próximo Action-RPG do NDS.
Mesmo se distanciando de enredos mais complexos e personagens mais desenvolvidos a "subsidiária" online das versões originais dos finados (mas eternamente lembrados) Master System e Mega Drive (Genesis, se preferir) conseguiu captar fãs, isso pelo simples motivo de que foi Phantasy Star Online do Dreamcast que inovou ao colocar jogadores do mundo todo unidos pela internet (56Kbps eram suficientes) para aventurar-se, enfrentar desafios, e acima de tudo é claro, ganhar níveis. Após a fórmula bem sucedida com o primeiro episódio a série ainda pisou em outros terrenos, como: PC, Game Cube, Xbox, PS2 e mais recentemente NDS e PSP.
De qualquer forma muitas dessas versões posteriores a 1ª não conseguiram se destacar, e é aqui que a versão do DS chama a atenção em contrapartida aos demais: O "Zero" em seu nome condiz com o renascimento da franquia, buscando assim reviver a era Dreamcast, que segundo alguns (inclua meu amigo CitanMK aqui), consiste da melhor fase online até hoje na série!
E é com alegria que eu afirmo a ressurreição das cinzas na franquia, não só falando por mim é claro, mas dá gosto de ver tamanho capricho por parte do Sonic Team (que estranhamente se destaca em outros, mas não no título nome do time) com a versão do Nintendo DS. A Sega também parece não ter se importando quanto os e$forços para isso, contratando o estúdio japonês Gonzo para cuidar das animações do jogo, além de dubladores e até cantora para música tema (provavelmente não ouviremos nada disso por essas bandas, mas ficou curioso? olha AQUI).
Confesso temer porém clichês por parte da história, não recordo de nenhuma exceção neste lado da franquia a ser lembrada pelos seus enredos, então seria certo afirmar que o foco e atenção mais uma vez será para a tão cativante jogabilidade (e novidades) deste episódio. Mesmo assim, um RPG por pior que seja necessita de seu pano de fundo:
"Em Phantasy Star Zero viveremos sob a ambientação de uma Terra alternativa e selvagem, que ergue-se de uma catástrofe de 200 anos atrás conhecida como O Grande Vazio. Após este acontecimento o Mundo se tornou um local perigoso e infestado de monstros, tendo o então surgimento dos Hunters - caçadores especializados no combate destas criaturas."Obviamente seremos intérpretes de um desses caçadores, que ao longo da aventura principal (modo história) terá ainda a ajuda de outros aventureiros igualmente participantes da trama.
Em mais um destaque quanto o principal foco do jogo está o multiplayer reservado para até 4 jogadores, seja localmente, seja via internet. A Sonic Team implementou o que sem dúvida alguma está entre os melhores rpgs em quarteto do portátil, desbancando até o outro também excelente FFCC: Echoes of Time. "Como?! Final Fantasy em segundo plano?! ultraje!", pois bem, vamos relatar alguns aspectos que possa, ou não, fazer você pensar em conjunto a mim:
1) A comunicação é um fator importantíssimo em jogos online nos dias de hoje, e ao pensar no microfone embutido do DS se cogita logo o uso do mesmo, contudo, o grupo de desenvolvedores optou por outro recurso: a tela de toque. Você pode não só criar seus desenhos e textos com o simples manuseio da stylus, como também "roubar", guardar e personalizar uma quantidade limitada de diálogos. O então chamado sistema "Visual Chat" torna as partidas além de mais divertidas, muito mais dinâmicas (chega de textos sem graças digitados um por um em um teclado nada funcional);
2) Graficamente nenhum dos dois deve nada em qualidade, mas, se você é do tipo que não gosta de personagens muito desconfigurados, ou bonitinhos demais, Phantasy Star Zero merece sua atenção. A "maturidade" não se aplica somente na caracterização e design dos personagens, mas no aspecto desafio também, PS0 possuí muito mais a oferecer nesse ponto;
3) Ok, o que relatarei pode ser um caso à parte, mas, com 1Mb de conexão você espera ao menos que no DS se tenha partidas multiplayers regionais sem qualquer vestígio de lags, certo? não é bem o caso de Echoes of Time, onde por muitas vezes cheguei a sofrer de latência com alguns colegas de fórum (brasileiro). Não serei hipócrita porém e dizer que em PS0 nada sofri nesse detalhe, mas é de uma classificação ínfima e quase inexistente.
Trazer uma comparação dessas à tona não é para rebaixar um e alavancar o outro, longe disso, pois ambos os títulos merecem ser jogados. Mas dizer que ambos são do mesmo nível, para mim é impossível.
Voltando exclusivamente para PS0. O jogo disponibiliza pra você 3 raças diferentes - Human, Newman e Cast -, que por sua vez possuem 14 opções de classes entre 3 distintas categorias - Hunter, Ranger e Force. Mas a customização continua, seja com o aspecto físico (como voz ou cor dos cabelos, e outros) ou com os parceiros inseparáveis e individuais de cada jogador, os robôs Mags - que tendem a evoluir pra diversas formas de acordo com a sua criação, garantindo em níveis mais altos visuais únicos como um tanto excêntricos a seus donos (eu quem o diga...). Ah sim, uma pequena lista com 350 opções de armas diferentes encontra-se no pacote, e com destaque para as Gunslashers (reviva aquele espírito chamado "Squall" dentro de você).
Phantasy Star Zero não é, porém, um MMO, então se você espera "infinitas" possibilidades aqui, esqueça. Você revisitará os mesmos mapas muitas vezes, evoluirá um mesmo personagem por muito tempo (ou não, 3 slots lhe garantem essa diversidade), mas durante todo este processo você terá como opções sidequests, aparições de monstros raros em mapas, além de no mais tardar, níveis de dificuldade extras. Este é um fator imutável desta franquia online, ser repetitivo, porém recompensador.
Estilos de armas existentes, e também uma ínfima amostra do arsenal completo
Para terminar o preview (com cara de review): A ação mais do que vale a pena, amo combos e armas incomuns; o som é agradável e evoluí conforme os duelos necessitem; a única barreira para o não avanço das minhas quase 30hrs na versão japonesa se deu justamente pela versão japonesa... prevejo 100hrs ou mais com este título (que sejam abençoados todos os jogadores de RPG como eu).
O final do ano está batendo na sua porta, com ele diversos RPGs de peso no portátil, o que jogar? todos é claro (quem dera, né?)... ao menos, tenha lugar reservado pra Phantasy Star Zero em Novembro, ou corre o risco de perder o melhor rpg com função online do portátil.
Experiência excedida:
+ Site oficial
+ Tópico oficial do fórum NDS Brasil
2 Comentários:
Jogarei. Melhor que o de PSP vai ser. HAHAHA
Abraços, galera do SideQuest, fiquem com Deus! :D
Valeu Manoel!!! Obrigado pelo teu comentário, mas quanto a ser melhor que o do PSP, só se for o 1º! o 2º parece que vai vir arrebentando.
Se jogar online, avise quando o jogo lançar, vamos formar grupo!
Abraço!
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